quarta-feira, 24 de outubro de 2012




Do Bartolomeu Campos de Queirós, no Vermelho Amargo.

Enviado por Déa Paulino

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Meus sonhos não são excepcionais em geral, são só
muito reais, quase como se a sensação do sonho continuasse ainda por

horas quando acordo, custo para me dar conta que era só sonho.

..........

Eu estava no hospital, com uma imensa barriga pronta para dar à luz.
Comigo no quarto estavam uma parteira, uma enfermeira e uma médica.
A médica queria a todo preço que eu fizesse uma cesariana pois eram
dois bebês. Eu briguei dizendo que não, que desde que o mundo é mundo
mulheres parem sem precisar ser cortadas.


Então ela saiu do quarto e levou a parteira com ela.A enfermeira, que
ficou comigo, insistia para que eu fizesse força mas era como se meu
corpo não me obedecesse, eu simplesmente não conseguia fazer nada.


Pedi que a enfermeira se afastasse, desci da cama, segurei forte nas
barras laterais da cama e em posição de cócoras e sem nenhum esforço
dois meninos belos, saudáveis e muito grandes escorregaram entre as
minhas pernas.


Então eu peguei os dois no colo e voltei pra cama.

Beijos e tenha lindos sonhos.





Sâmya Mateus




(crédito: ffffound.com)

Ia subir uma escada rolante, que de repente vira um trem fantasma. Por medo seguro a mão do Marcelo Novaes, sentado no banco de trás. Corta. Estou indo para Nova York e peço um casaco emprestado à uma amiga. Mas ela está indo também e não pode emprestar. Corta. A mesma amiga assina papéis de divórcio num escritório de luxo. Um advogado renomado me pergunta se eu confirmo que se tratava de uma escada rolante. Pede para que eu assine um papel.. Sem querer escrevo meu nome errado. Percebo que estou sentada na poltrona de modo pouco formal, com as pernas esticadas e os pés em cima da mesa. Fico constrangida.



marina w. sem data  (pré-avenida brasil)


"Eu estava com uma amiga minha indo pra uma festa. A festa era na sua casa, eu nem te conhecia. Só sei que chovia muito. quando eu cheguei lá tava todo mundo saindo, porque você queria ir em um restaurante, do outro lado da rua.

Eu entrei no mesmo carro que você. Tava muito frio, e você me ofereceu um cobertor, dentro do carro. Você tinha cabelos bem curtos. Acabamos nos conhecendo. Passou um tempo e eu já frequentava sua casa, viramos amigos e acabamos nos apaixonando. Você tinha um namorado e não gostava mais dele. Mesmo assim preferimos não nos encontrar mais.

Passa um tempo, e eu muito triste. Foi quando abri o seu site e vi uns posts falando que você me conheceu e não me esqueceu, etc . Eu corri pra sua casa e você me deu um caderninho com umas anotações suas, que iriam pro blog. Eu fui pra uma sala toda escura e comecei a ler. Só que você disse que eu só poderia ler com luz de velas. Tava difícil enxergar, mas quando entendi que você gostava de mim comecei a chorar, chorar muito.

Aí você entrou na sala (com cabelos longos e de óculos) e falou:
- Você vem comigo agora?
- Sim, não - eu respondi
- Como assim?
- Sim, porque não tem como não se sentir bem perto de você. Mas não agora, porque tenho que terminar de ler tudo isso aqui, ler o que ainda está por vir.

Só lembro que você saiu, sozinha e sorrindo".





Sonho que o Gabriel teve comigo - maio de 2005 - Fiquei toda feliz.
 Sonhei que as nuvens eram como out-doors, com anúncios de Danone e marcas de celular. Quando chovia, desabavam brindes do céu.




marina w. (novembro de 2003)


Minha mãe teve um sonho que parecia um filme, com vários detalhes. O protagonista era meu marido.
No sonho, ela via Marido de longe em uma rua, sentado no meio-fio, conversando com um homem. Em dado momento, o homem se exaspera com Marido e começa a gritar com ele. Daí, começa a juntar gente e todos, por algum motivo que o sonho não explica, estão profundamente irritados com Marido.

Marido, então, resolver procurar ajuda em uma das casas da rua, pedindo abrigo e proteção, no que é atendido. Nesse ínterim, minha mãe tenta ligar para a polícia, mas não consegue. Assim, ela resolve voltar à casa em que Marido se abrigou, mas a moradora a informa que a multidão o havia linchado até a morte. Minha mãe, nessa hora, acorda, assustada.


De manhã, minha mãe lamentava ter esquecido de contar o sonho a meu marido, antes de ele sair para trabalhar.



Claudia Lyra







(Ilustração: ffffound.com)
Hoje sonhei que estava em uma reunião numa igreja em Portugal. Nessa igreja, o Dan Stulbach dizia que estava comemorando 25 anos de casado, e mais 14 anos de namoro (39 anos de relacionamento). 


Estávamos todos emocionados com a história de amor dele, quando olhamos pra janela e esposa dele estava lá. Só que ela não tinha nem 30 anos, e no meio das árvores parecia uma elfa de cabelos claros longos e bem magrinha. E mais curioso: estávamos em Portugal, mas no sonho sabíamos que ela estava na Grécia, no meio de um lago pantanoso cheio de nenúfares, e do seu lado tinha um templo lindo branquinho. 


Sabíamos que era Grécia porque no sonho a gente sabe das coisas, mas na verdade o lugar onde ela estava era uma mistura de Vietnan, Capadócia, Roma antiga e Iraque. De repente eu estava sobrevoando o lago e o templo, e vi que pra entrar no templo tinha que atravessar uma pontezinha que afundava um pouco na água do pântano. 


Monges nos conduziam até dentro do templo que se chamava TEMPLO DAS REUNIÕES. Ainda vi a mulher do Dan Stulbach por lá e no chão onde ela pisava tinha uma água clarinha e algumas plantas aquáticas. Entrei no templo, meditei, e quando saí comecei a ouvir uma confusão. 




Olhei pra trás e vi os monges destruindo o templo inteiro. E percebi que ele era de isopor. Nos avisaram depois que todo dia o templo era construído e destruído. Tristemente as pessoas se digladiavam pra pegar pedacinhos do templo como souvenir. Quis pegar um pedacinho e duas mulheres loucas quase me batiam pra pegar o mesmo pedaço que eu, onde tinha um pedaço de papel escrito MONICA. 


Pelo sonho deu pra entender que essa MONICA era muito importante pra elas. Consegui pegar um pedacinho e quando percebi, um ex-amigo - que me aprontou uma na vida real, estava querendo me roubar a relíquia. Ainda olhei pra ele e falei: Até aqui te encontro? E ele sumia.... 


Na saída as mulheres ainda acionaram os seguranças dizendo que eu tinha roubado uma fita de prender cabelo delas. 


Saí incólume com minha relíquia e, mesmo no sonho estando em paises distantes, era só atravessar um quarteirão pra sair da Grécia e chegar a Portugal. 





André Gabeh Carvalho

Sonhei que minha casa estava em festa, e eu andava da casa dos meus pais até a minha a pé, comendo uns suspiros de morango que eu nunca comi, mas sei até o gosto e a textura, presos nas pontas dos dedos de um amiga que ia de braços dados comigo. 


Chegando lá, por algum motivo eu não conseguia me organizar e fazer a festa funcionar. Então ia pro quintal, e do meu quintal eu conseguia ver o terreno vizinho, que parecia um pomar selvagem. Nesse terreno moravam umas criaturas estranhas parecidas com as mandrágoras de Hogwarts, mas que não gritavam. Elas se escondiam das pessoas. 


Me aproximei do muro em silêncio e uma delas me viu e abriu um sorriso, na verdade um esgar. Motivada não sei pelo quê eu comecei a entoar uma música de melodia irlandesa (?) que falava de uma "noite trágica" e as mandrágoras enlouqueciam e saíam para dançar. As pessoas da festa ouviam e vinham ver o que estava acontecendo e assustavam as criaturas, que voltavam a se esconder.




Silvia Fernandes







(ilustração: ffffound.com)

Sonhei com o Chico. Ele aparece na segunda metade do sonho, a primeira é imensa: um filme espetacular, interativo, dirigido pela Marisa Monte. Uma espécie de Lost "de arte", genial - genial no sonho, porque se a gente lembra da história vê que nada bate com nada. Aí sim, encontro com o Chico, na festona depois da exibição. Dou um abraço nele, que está sem camisa. Ele retribui o abraço, me conhece de vista. Abraço sem graça, diga-se. 

Pergunta: "Como vocês podem gostar desse filme e ficarem felizes só de pisar na grama?". Está em crise existencial. Ficamos andando. Penso: não vou contar esse lance pra ninguém, porque ninguém vai acreditar. Depois quer jantar. Estou com ele porque não sou uma fã histérica. No restaurante está de camisa amarela. Pede dobradinha, uma coisa assim, casca-grossa. Um tempo depois se aborrece, porque a mesa fica cheia de mulheres. Ele quer ficar quieto, por isso sou boa companhia, fico o tempo todo só ouvindo suas queixas. Acabou o sonho. Apesar do Chico Buarque, foi cansativo e acordei exausta. Meio mareada.


marina w.
2007-06-24 
Eu sonho muito, adoro sonhar e vivo falando dos meus sonhos pra todo mundo que vira personagem, o que eu nunca sei se agrada ou desagrada. O que eu deveria ter feito mesmo é registrar esses sonhos. Nem todos anotei, contei ou guardei de alguma forma, mas me lembro de vários que marcaram a minha vida.

Um que ficou registrado foi esse, que eu contei pra Fal. A Ligia é aquela amiga querida que se foi apenas 6 meses depois do Alê da Fal.

"Oi amor,

Sonhei com você e com a Ligia essa noite. Maliu também fazia ponta no meu sonho. Maliu sempre está presente quando sonho com você.

No meu sonho, você fazia coleção de molduras vazias. Eu ia te visitar e levava uma de presente, Maliu me recebia e você me mostrava gavetas cheias de quadros vazios. Sua casa estava no humor e nas cores do outono e no jardim havia um balanço, onde a Ligia estava sentada. Ela me pedia pra empurrá-la e jogava os cabelos pra trás a cada impulso.

Foi um sonho bonito.

Beijos e amor,
Sil"

Outubro de 2011


Silvia fernandes

O cenário é uma aula, numa sala grande antiga - parece um teatro, a aula acontece no palco. O professor, um senhor barbudo com um jaleco branco, mostra uma imagem de útero e ovário. Depois diz: "vou mostrar a vocês o segredo do mundo". Sai do palco, da sala, segue por um corredor até um cofre-forte. Nós, os alunos, seguimos, na expectativa da revelação. Quando o cofre é aberto: lá dentro, um absorvente cheio de sangue. 



Renata Lins


(ilustração: ffffound.com)



Pesadelo

(contextualização necessária: eu sou louca para me casar, na época do sonho era mais louca ainda).


Há uns três anos sonhei que estava em uma casa que era mais ou menos uma loja de móveis. Tinha um monte. De repente vi um conjunto de cama e mesa de cabeceira (na verdade era um gaveteiro) lindo de morrer. Era antiguinho, mas a madeira era clara, meio manchada e tinha uns detalhezinhos coloridos fofíssimos. Apaixonei-me, tinha que ser meu. Eu teria aqueles móveis pela vida toda, dormiria naquela cama linda pelo resto dos meus dias! Aí comprei os móveis e continuei dormindo. Horas depois acordei e quando estava tomando o café da manhã comecei a lembrar do sonho. De repente: pânico total!

Eu havia comprado uma cama de solteira.



Cléo Alves Pinto

sonhei que entrava nessa casa muito muito velha e com jeito de abandonada. era toda de madeira. encontrei um velho muito estranho e senti medo pq ele mancava de uma perna. ele me levou à uma sala que parecia um corredor. estantes altíssimas repletas de livros. me parou diante de uma prateleira de livros com capa de couro grená e surrados. antes de puxar um disse: *é pra vc ler esse. é a estória de uma mulher que está em um lugar e procura desesperadamente um meio de sair de lá. mas qnd ela finalmente o encontra sem querer, o destrói*. na lombada do livro estava escrito o nome da autora *gertudre stein* . de repente, uma menina numa bicicleta entra no corredor de livros. ela usava um chapelão de palha e o cabelo estava amarrado num lenço. não sei oq ela fazia de bicicleta dentro daquela casa pq carregava também, um caixote repleto de flores amarelas. resumindo: vou ler gertudre stein até achar a explicação para esse sonho.





Alba Ricci











Sonho: Eu tinha morrido, e tava no purgatório. O "meu" purgatório era um lugar todo azulejado, e no meio tinha uma espécie de piscina rasa de água quente. Dentro dela, um dragão. Muito grande. Verde. Uma moça, de traços asiáticos e vestida de quimono, me explicava que minha tarefa ali era lavar o dragão, com um esfregão. O dragão era quieto e parecia manso: não dava medo. Era só, mesmo, um trabalhão.


Renata Lins




(ilustração Adriana Varejão)



No sonho eu era hoje, semi-envelhecida, mas estudava no colégio em que estudei durante a adolescência, que agora tinha uma sala por andar, poltronas inclinadas para os alunos e professores sobre um palco que ficava num mesanino, em um vão livre, de modo que podíamos ver - mas não podíamos ouvir - os professores dos outros andares. Deslumbrada com a arquitetura e a acústica, só no meio da aula, olhando para a garota ao lado, percebi que estava na sexta série, totalmente inadequada.


No meio da preparação de uma festa cultural, junto com os outros alunos, me senti bem feliz executando e coordenando a feitura de cenários, coreografias e figurinos. Quando a festa começou me dei conta de que era agora, 2012, e eu não sabia o que estava fazendo lá. Acordei e continuo não sabendo o que estou fazendo aqui. 


Déa Paulino
Esta noite sonhei que morava num apartamento de dois andares, sonho recorrente, a parte de cima nunca é usada. Desta vez foi. Tinha uma piscina bem grande e meu amigo mais tímido tirou a roupa inteira para mergulhar. A parte do pesadelo foi quando abri o forno e tinha um coelho olhando pra mim. Um coelho. Ele estava sendo assado e suava. Ele não estava em fatias, mas inteiro e sentado, olhando pra mim. O coelho sou eu.




marina w. - maio de 2007
Minha mãe recebe a visita de uma amiga - Angelina - que a convida para ir a algum lugar. Minha mãe diz que não pode e a amiga fica triste com a resposta. Então minha mãe diz, sorrindo: - você não entende? Eu tenho hora marcada com Nossa Senhora". E, com a ajuda de duas mulheres, faz um grande esforço para se levantar e abraçar a amiga.

(Sonho de novembro de 2007, duas semanas antes de minha mãe morrer de câncer) 




Helena Gozzano


eu precisava chegar em casa logo e fazer uma receita de bolo de chocolate com calda de laranja pq senao um monte de onibus que estavam numa ladeira iam despencar e encalhar na praia. o problema é que eu sabia que tia ester tinha morrido e só ela sabia a receita de verdade. no caminho para casa eu ia pensando em como eu ia enganar o prefeito para ele achar que estava comendo o bolo verdadeiro e não mandar jogar os onibus no mar. 


corta pra cozinha, eu olho pela janela e o céu é cheio de bolas cor de ouro rosa, lindas. o prefeito sai de uma delas e parece o antonio fagundes, mas ele está de túnica grega. ele come o bolo e diz que sabe que é a receita errada e que se eu nào correr, a maré vai subir e os onibus vao se afogar. eu corro para a praia, os onibus parecem aqueles de desenho animado da acme e estao se afogando, aflitos, mas a medida em que eles afundam, eles na verdade eram golfinhos, me da alívio, eles sabem nadar. 


corta para uma colina, eu subo mais, até ver o outro lado de uma ilha, olho para baixo e tem um enorme tabuleiro de xadrez que na verdade é um fundo de piscina e um peixe vermelho gigante está nadando nela, alguém vem por trás de mim e diz, corra lola corra. eu começo a rir muito e alto e a correr pela ladeira abaixo, pensando que tem que dar tempo de eu chegar antes de acordar. 


eu acordo. 


Angela Scott Bueno






eu tinha uns 14 anos, e tava passando uma novela das 7 com o Fábio Jr. Lindão, ele. E bom ator. 
Aí sonhei q tava numa espreguiçadeira, deitada em cima do F Jr.
Na beira de uma piscina. Quer dizer, eu era namorada do cara. 
Aí me dei conta: isso só podia ser sonho. Claro. Eu, namorada do Fábio Jr? Sonho.
No que me dei conta,passei a explicar pra ele: "Olha, isso não é verdade. Isso é meu sonho. E, como é meu sonho, vamos aproveitar: transa comigo pra eu ver como é?"
Ele, claro, não acreditou. Eu passei um tempão tentando convencê-lo. 
E acordei p* dele não ter acreditado!!! Hahahahaha...
Mas daí fiquei com um carinho pelo cara... desde o sonho.... 

Renata Lins






Um fim de tarde na praia. Mar bem verde, muitos mergulhos. A cena corta rapidamente para uma espécie de bar, um hall de entrada de uma casa de shows onde serviam vinho em mesas comunitárias, com bancos desconfortáveis, cheios de pessoas desconhecidas. O som que vinha de dentro da sala ao lado eu sabia: era Chico Buarque. Mas não pude entrar para assistir ao show pois a cena mudou muito rápido, quando pecebi não tive tempo de me arrumar e ainda estava de biquini. E pensava:
- Droga, da próxima vez trago um vestido dentro da bolsa.
Bebi o vinho, ouvi a música, e acordei.

Fernanda Fonseca
Eu ia substituir Julia Louis-Dreyfus em Seinfeld, durante suas férias. Where was George Shapiro? Apesar do inglês; de não saber imitá-la, e me darem o script na hora da gravação, não estava propriamente nervosa. Só não queria estar presente quando vissem o resultado, porque sabia que seria o caos. A primeira coisa que fiz foi perguntar ao Seinfeld se o kramer era um cara legal. Ele balançou a cabeça e fez uma careta. Depois estávamos no estúdio onde acampanharíamos, para gravar dois dias seguidos. Na hora de dormir, Jerry deitou, coloquei meu braço sobre suas costas, e dormimos de conchinha.


marina w.


(sonho de maio de 2008)